As 998 sórdidas maneiras de estourar o Markl

Wednesday, January 31, 2007

93 - Desconforto solar. Solar de sola.


1. O Nuno Simão (2º nome do Marklnifobético) tem o hábito de usar ténis sem meias no Verão. E como panaceia (quando escrevo palavras destas tenho impulsos narcisísticos - olha outra - narcisísticos) polvilha o interior dos ténis, ou como alguns gostam de dizer - do téni - com Suodermina, um pó branco tipo talco para mitigar o chulé.

2. O Markl tem uns ténis destes. Eu também. Mas eu uso com meias. E aquela borracha na biqueira aperta-me o mindinho. Onde é que eu ia? OK. Então, como sempre a sua companheira, que colabora alegremente na concepção destes textos, abre-nos a porta durante a noite. Está mais gorda desde a última vez, mas tenho a delicadeza de não o mencionar. O Markl ressona como uma locomotiva a carvão.

3. Simplesmente, substituímos o conteúdo da embalagem de Suodermina por 100 grs. de térmitas carnívoras da Eritreia. Estas térmitas têm uma simpática característica: a sua saliva é anestésica, portanto conseguem comer, comer, comer, sem que a presa dê por nada.

4. O Markl ao fim da tarde chega a casa com uma desagradável sensação de pés molhados e diz: Querida, tenho comichão nos pés. Fizeste alguma? Depois descalça-se e descobre de que cor são os ossos.

Monday, January 29, 2007

92 - 250 grs. de Nobre, ó fáchavor


1. O impiedoso Markl costuma comer uma sandocha mista pelas cinco da tarde no café ali ao pé do trabalho. Saber-lhe sempre bem aquele queijo flamengo passado da data e aquele fiambre rançoso. Ora nós tivemos a ideia de mostrar ao australopiteco balofo como se faz fiambre à séria. Começamos por encaminhar o Markl para abate. Mas pensámos melhor, e decidimos que era melhor ele estar acordado para aprender bem. Devemos assegurar-nos de que ele não está stressado quando se produzir o fiambre, pois nesse caso terá níveis altos de ácido láctico o que é mau bacteriologicamente. E facilitaria o chamado rigor mortis, e logo, um fiambre mesmo rijo.

2. Antes da fabricação propriamente dita, o Markl deve ser tornado insensível à dor. Um dos métodos mais empregados consiste em atingi-lo na cabeça com uma peça rombuda impulsionada por pólvora ou ar comprimido em lugar do antigo sistema de tontear o humorista pé-descalço através de um túnel cheio de CO2. A lesão encefálica provocada pelo golpe sobre o encéfalo faz com que perca sua coordenação motora, alterando sua temperatura e pressão sanguínea. Depois de tornado insensível à dor, é suspenso pelos pés e golpeado no pescoço para a sangria. Mas sempre sem perder os sentidos.

3. Depois vem o desmembramento. Praticamente todos os componentes do corpo são aproveitados, inclusive o sangue e as vísceras. A carcaça é então esfolada viva, lavada, eviscerada e, a seguir, transportada para uma sala de refrigeração onde a parte mais interna da carne atinge 2ºC em cerca de 36 horas, evitando a deterioração por acção bacteriana. E se o Markl tem bactérias. Ó se tem.

4. A suavização ou desaparecimento da rigidez cadavérica é geralmente feita a 2ºC, pendurando a carcaça em uma câmara fria e nesta temperatura o processo pode levar de 1 a 4 semanas.
O sistema de desossa está cada vez mais racionalizado com um melhor rendimento de ossos e retalhos. Inicialmente as carcaças são divididas em quartos. Após essa divisão, a desossa dos quartos traseiros e dianteiros são conduzidas em etapas separadas afim de evitar misturas de cortes. Para fabricação de fiambre, a formulação pode ser a seguinte:

Carne de Markl gorda - passe a redundância...
Picles, Pimentão, Queijo, Cenoura, Ervilhas
Obs.: Não se usa toucinho, porque o Markl é demasiadamente badocha.

5. A operação de moagem tem por finalidade reduzir o tamanho das particulas de carne para facilitar a operação seguinte de trituração e mistura. A carne passa por uma seção de trituração onde será reduzida ainda mais suas partículas a fim de ser misturada com os condimentos. A carne do ensosso radialista é triturada com o gelo e os condimentos. O gelo é empregado com a finalidade de controlar a temperatura e assim fazer com que se tenha uma uma emulsão estável, já que nessa fase a mistura é feita rapidamente e abaixo de 12ºC. Calculamos que seja por aqui que ele perde os sentidos...

6. O cozimento é feito após a enformagem, as formas são colocadas em tanques de cozimento de tal forma que a água possa circular entre elas. O tanque é preenchido com água a 75ºC e mantidos nessa temperatura até que o produto atinja uma temperatura interna de 66ºC. Esse cozimento também pode ser feito em forno, seguindo-se as mesmas orientações. As formas são resfriadas com água fria até que o fiambre atinja uma temperatura interna de 35ºC.

7. Agora, cortamos ao meio um brioche, colocamos uma fatia do nosso fiambre, uma fatia de queijo e talvez uma pequena quantidade de manteiga. Bom apetite.

Sunday, January 28, 2007

91- O vizinho ruidoso


1- Finalmente o Markl tem um golpe de sorte, sai-lhe a lotaria anual do convívio/jantar dos nerds, que se realiza na 1ª quarta-feira de Janeiro no casino de Espinho. O lingrinhas rejubila! Há muito que se queria mudar do barraco onde morava e finalmente ter luz eléctrica da EDP, em vez do velho gerador do seu avô. Finalmente podia ter papel de parede em sua casa, em vez de se ver emparedado entre tijolos e canos rotos.

2- Nisto, investe logo numa casinha num subúrbio pacato de Los Angeles. A vida em grande! Como demora tempo a perder certos hábitos, o enfezado todos os dias de madrugada, às 6h30, sai da cama rumo ao caixote do lixo para vasculhar qualquer coisita que se trinque, uma macã pouco trincada, uma folha de alface semi limpa.

3- Todos os dias o mesmo ritual, 6h30 da manhã, lá está o Markl com a cabeça enfiada no lixo, a fazer grande barulheira. Das janelas os vizinhos só vêem 2 perninhas de fora do contentor a estrebuchar de equilíbrio, enquanto o resto do corpo está enfiado, de cabeça para baixo, em busca de uma bucha. Corre o rumor na vizinhança que "o vizinho" está a começar a ficar seriamente irritado e que um dia destes vai tomar medidas. O Markl ouve o rumor, quando uns vizinhos passam por ele e o avisam, enquanto ele põe a cabecita de fora do contentor do lixo, com um bocado de mostarda no lábio. Ele ri-se, diz que não tem medo de um finório qualquer de Hollywood e que quem perde a cabeça um dia destes é mas é ele. As pessoas deixam-no em paz e seguem caminho.

4- 6h30, o relógio da barriga dá horas. O Makl levanta-se, calça as pantufas e lá vai ele, no seu pijama cor de vinho de uma peça só, tipo far west, e atira-se de cabeça para o contentor, provocando um grande ruido. Foi a última gota, os moradores ouvem a porta do "vizinho" a abrir-se violentamente, um residente dá um grito abafado de pânico. O vento começa a soprar forte, as copas das árvores agitam-se. Uma frase ecoa na profundeza da rua: "É o vizinho!!".
O Markl levanta a cabecita, surpreendido, e faz um curto sorriso pelo canto do lábio. Estica a cabecita de fora, a pensar "ora vamos lá ver se querem ter problemas comigo" e, quando os seus olhinhos remelosos começam a identificar a sombra que vem a passo largo em direcção a ele, o barbicha de bode solta a sua 1ª descarga anal. Nem tem tempo para reagir, está branco. Começa com as perninhas a tentar sair do contentor, em pânico, quando leva logo a 1ª bolachada na tromba daquelas mãos que parecem ramos de árvore, que lhe fazem engolir logo 7 dentes do lado esquerdo da cara.

5- Solta-se a 2ª descarga anal.

6- Em gemido e com o pijama colado à nalga, tenta pedir perdão, mas só um fio de baba sai pela boca, os músculos da boca já não obecedem ao dono, estão paralizados.
Nisto, mal tenta pôr um pézinho fora do contentor, o "vizinho" Bud enfia-lhe logo uma murraça nas beiças, que o fazem dar 6 voltas no ar à rectaguarda e o enfezado aterra no capot dum carro estacionado na rua. Pânico: O carro era o do "vizinho", riscou-lhe o vidro da frente.

3ª descarga anal...

Saturday, January 27, 2007

90 - Bife muito pouco tártaro


1. À saída do local de trabalho, o Markl é violentamente espancado pelo mesmo grupo que espancou o Nicolas Cage no Wild at Heart do David Lynch. Pedimos desculpa ao senhor Lynch por associá-lo a esta criatura, mas teve mesmo que ser. Ah! E tal como o Nicolas Cage no filme, no fim ele agradece aos gajos espancarem-no. Mas não come a Laura Dern. Essa fica para nós.

2. Recomposto, ou quase, ele mete-se no autocarro para casa. Mas azar dos azares, pior que ser espancado: o único lugar disponível é naqueles da frente ao lado de uma velha que só se sabe queixar. Mas ficou num estado que tem que se sentar e vai o resto do caminho a ouvir falar de doenças e insultos à juventude hodierna. Reparem bem: eu escrevi hodierna. E sei que 99% dos que estão a ler vão abrir o site da porto editora para consultar o dicionário.

3. À porta de casa, uma sensação estranha. Entra, pousa as chaves no dálmata de loiça e tem uma epifania: a série Seinfeld, sem o George Costanza e o Cosmo Kramer seria a pior porcaria da história da TV. Revoltado e desgostoso com esta realidade, decide deitar pela janela a colecção de dvd da série. Então, para se recompor, toma uma abusiva dose de soníferos.

4. Enquanto ele está a dormir, entramos, com a ajuda da empregada, a dona Gertrudes, que se quer vingar dos dois meses de salário em atraso. Fazemos as contas às horas a que ele vai acordar, e cinco minutos antes, fechamo-lo no forno crematório do cemitério de Moimenta da beira. Digam sinceramente: bem ou mal passado?

Friday, January 26, 2007

89 - Por quem os sinos dobram?



1. Pega-se no estropício rameloso e mete-se no porta-bagagens de um smart 2/2. Sim, todo, dobrem-no como quiserem mas encafuem-no lá. Direcção: Mafra. Vamos ouvindo o último do Nel Monteiro pelo caminho e cantamos em coro. O Markl, na bagageira, também.

2. Chegados a Mafra, deixamos o Markl a marinar na bagageira (lol) do Smart enquanto tomamos um cafézito e admiramos a excelência do Convento. Depois, temos que solicitar trabalho especializado. Então é para a serralharia do Sr. Júlio Covas, que fica à saída de Mafra na estrada da Ericeira.

3. Deita-se o Markl com os quatro membros bem esticadinhos, em cima da bancada. De barriga para baixo. Com uma brocas de 12 mm, abrem-se dois furos de cerca de oito Cm de profundidade sobre a parte alta do osso ilíaco. Ali no fundo das costas. Os furos devem ficar centrados pela coluna vertebral do castigável fanfarrão. Depois de feitos os furos, insere-se em cada um uma rosca com a espessura respectiva que será fixada através do processo de bucha química. A bucha de plástico não nos parece apropriada neste caso.

4. Agora podemos fixar convenientemente a placa quadrangular de ferro com 40 Cm de largura e 1 Cm de espessura aos costados do filisteu desprevenido. Com nadas de cera de depilar a frio, colamos o gajo no badalo do sino principal do carrilhão de Mafra. Agora, será tocada por um dos carrilhonistas de Mafra, o senhor Francisco Gato, a versão em carrilhão, com afinação em Markl menor, da música que encontram do outro lado deste link:

http://www.youtube.com/watch?v=oSSDD9kOP9Y

88 - Limpeza dos maxilares



1. Na sequência dos posts #85 e #87, terminamos aqui o tratamento. Ora depois da carnificina com a escova de dentes de fio de aço, havia que limpar aqueles maxilares.

2. Atamos um desgastado Markl pelos pés, e de cabeça para baixo, ao tubo de queda que está no exterior da parede do prédio. Assim para todos verem. Fios de sangue invertem o seu caminho para os pés, de volta à cabeça.

3. Pelo exterior, subindo por escadas magirus dos bombeiros, sobem Carlos Castro e Cláudio Ramos. Um em cada escada, não vêm ao colo um do outro. Mas o que querem eles? Trazem um frasco na mão, cada um. Na sala ouve-se Incarnated Solvent Abuse, dos Carcass.

4. É diluente extra-forte. Os dois mexeriqueiros profissionais deitam-no sadicamente enquanto fazem aqueles risinhos agudos de histéricas incontinentes. Deitam-no pelo pescoço, e desce lentamente até atingir a boca e os maxilares descarnados, limpando, arrastando os últimos fiapos de gengiva, de mucosa, de carne. Fica branquinho e brilhante. Parece aquela cena do Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida.

Thursday, January 25, 2007

87 - Vermelhices...



1. Na sequência da preocupação que manifestámos no post #85, levamos o conceito mais longe. Agora que os dentes do Markl foram tratados, tendo ficado com 13 após o tratamento no Doutor Cavidades, vamos ensiná-lo a cuidá-los. Toma nota Markléptico.

2. É preferível fazeres isto na casa de banho. naquela que fica a meio do corredor e não tem janelas, para os teus gritos não incomodarem os transeuntes pacatos de Benfica. Antes de começares trancas a porta, para segurança tua e nossa.

3. Oferecemos-te com o maior gosto este objecto, que servirá para escovares os dentes. Sim: as pessoas fazem isso. Chama-se escova. É de madeira, mas para maior eficácia os pêlos são em fio de aço inoxidável. Para não enferrujar, isso far-te-ia mal. Dizes à tua mulher que ponha a tocar o album Bloody Kisses dos Type O Negative.

4. Agora metes a escova na boca, com um bocadinho de colgate para dentes mais brancos, que esse ocre é asqueroso. E esfregas com muito vigor. Para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita. Não te preocupes se deitar um pouco de sangue, é normal. E quando começar a correr em fio para o lavatório não faz mal: abre a torneira.

5. No fim, bochechas demoradamente com limonada. Vês como é bom? Não te sentes outro?

Wednesday, January 24, 2007

86 - Está um frio que não se pode


1. Toda a gente sabe como o Markl gosta de se gabar à frente dos amigos de feitos imaginários como daquela vez em que sozinho assegurou a transmissão simultânea de três programas de rádios em oito línguas diferentes ou quando baptizou a pedra dos rins ao vê-la sair, carinhosamente, de Josefina.

2. É aquela onda marialvista um pouco entre Miguel Sousa Tavares e Luís Represas com pitadas de Nuno da Câmara Pereira. E um dia lembrou-se de dizer que tourear para ele seria fácil. Então o que fizemos? Simples: dirigimo-nos a Montemo-o-Novo, onde combinámos com aquela malta bué à frente que curte touradas e joga râguebi, encher a praça da cidade. Sim, Montemor é cidade. Estamos perdidos.

3. O Markl é raptado por dois encapuçados de camisa aos quadrados e metido na bagageira de um Audi A6 juntamente com duas sacas de estrume. Chega a Montemor à noitinha e é deixado no centro da arena. Os holofotes no máximo. Só agora ele vê que está vestido com uma bata de lantejoulas vermelhas. E a vinte metros, está Hades, o touro negro que secretamente foi desenvolvido com doses loucas de hormona de rottweiler, dna de tiranossauro e esteróides. Pesa cerca de 2 toneladas e meia. E está a ficar chateado com aqueles brilhos avermelhados. Em vez de arredondar os cornos de 80 cm, resolvemos afiá-los e poli-los.

4. O medroso lacrimejante treme e começa a correr. Big Mistake. Ouve-se a Marcha Turca de Mozart nos altifalantes da praça montemoronovense. Não sei qual o nome daquela gente. Nós estamos na tribuna com o autarca local, satisfeito pelo espectáculo proporcionado às populações. Todos ansiosos por ver uma perfuraçãozita. Está tanto frio que me doem as mãos a escrever este post.

85 - A Markl dado não se olha o dente



1. Recentes estudos da Quercus apontam para uma concentração da poluição lisboeta na freguesia de São DOmingos de Benfica. isto só poderia ter uma origem: o hálito purgante do Marklinho.

2. Como sempre, mesmo com sacrifício das nossas vidas pessoais, fazemos o serviço público pelo qual ninguém nos paga. E lá vai ele ao dentista pela primeira vez desde que arrancou os dentes de leite. E não é a um dentista qualquer. Com efeito, esta urgência tão em cima da hora limitou as nossas escolhas e marcamos consulta no Doutor Cavidades, um dentista bondage de Serpa.

3. O Doutor está muito bem disposto e deixa-nos numa sala decorada com acessórios em couro, vinil e latéx, enquanto leva o macabro marsupial para dentro da sala. O Markl é algemado à cadeira e a cabeça puxada para trás. O Doutor liga uma série de brocas muito mal afiadas e esbruga com força naquelas cáries. Anestesia? Só se fosse a pontapé. O seu gosto refinado permite que os berros inumanos do futuro desdentado sejam intervalados pelos momentos altos das composições de Bach para violoncelo.

4. Só não gostámos de uma coisa - faltava um carrinho assim com umas tostinhas cocktail e talvez paté de cogumelos enquanto esperávamos que a boca do Markl ficasse invertebrada.

Tuesday, January 23, 2007

84 - Sandes de coirato

1. Imobiliza-se o Bolorento rocinante e empala-se num espeto rotativo cozendo sobre vapor. Até lhe faz bem o vapor por causa da asma.

2. Em dia de jogo vai-se para as imediações do Estádio da Luz com uma roulotte que transporta o dispositivo referido no ponto 1., anunciando nos altifalantes: olha a bela sandes de coirato e o vinho carrascão!

3. De preferência em dia de jogo grande para aumentar a clientela. Anunciamos a apenas 1.5€ sandes de coirato alemão, sem explicar o significado da coisa. Mal sabem que é o amigo do Cláudio Ramos que vai ser servido...

4. Com todo aquele vapor quente a pele do Markl ficou molinha, e assim é mais fácil - obviamente com ele acordado - arrancar-lhe uns belos bocados de pele com esta cena de cortar queijo que está na imagem, para deitar na frigideira com a respectiva fritura. O segredo está na noz moscada. E na qualidade da carcaça. Carcaça pão, não a carcaça do Markle.

5. Para isto não parecer demasiadamente brejeiro, a roulotte toca uma bonita sinfonia de Dvorák, o novo mundo. Só pessoas cultas como eu sabem que se escreve Dvorák, mas lê-se Dvórják. Eu sei que vocês não o fizeram.


Monday, January 22, 2007

83 - As chagas de Cristo



1. Pega-se no bexigoso sarnento e leva-se para uma sala de casamentos e baptizados nos arredores do Barreiro.

2. Despe-se o assaltante de livros de horóscopos da livraria Castil do Fonte Nova da cintura para cima e aplica-se-lhe uma generosa camada de Veet depilatório veterinário, usado para depilação de ouriços e porco-espinhos. Muito forte mesmo. Remove até árvores do chão.

3. Em vez de quatro minutos deixamos passar quinze para a coisa resultar mesmo. Depois em vez daquela espátula de plástico, usamos um daqueles instrumentos com que os ladrilhadores raspam a massa dos azulejos. Fica vermelhinho e brilhante, a carne viva resplandecendo.

4. Exibie-se o Markl em dia de procissão e os fiéis ajoelham-se perante a estigmatização com as chagas de Cristo. O homem crosta.

Nota da redacção: esta tortura surge após pesquisa aturada. Uma pessoa próxima passou pela experiência. Doeu-me como o caraças, perdão doeu a essa pessoa como o caraças.

Sunday, January 21, 2007

82 - Take me home, where the buffalo roams


1. Fazemos uma tranferência de rostos do Markl e do Kevin Costner. Como no dupla face, aquele filme com o Nicolas Cage e o Travolta. Se existe alguém com menos talento que o Travolta, só pode ser o Kevin Costner. Que ainda por cima é realizador, logo é dupla xaropada. Assim, com a sua nova fronha de Kevin Costner com óculos ele parte à aventura.

2. Vai descobrir a américa: numa cidadezinha junto ao Mississipi, engraxamos-lhe o corpo todo e descarregamo-lo numa reunião do Ku Klux Klan. Eles fazem um barbecue. Depois, tatuamos-lhe uma suástica gigante no peito e já sem graxa, descarregamo-lo numa reunião dos Black Panthers. Depois metemos-lhe uma barba comprida e descarregamo-lo num quartel de marines rednecks analfabetos.

3. Maltratado e perseguido refugia-se do faroeste. Metemos-lhe um chapéu de cóbói e fazemo-lo andar a par com o Clint Eastwood. Cavalgando pela pradaria, quais Brokeback Mountains. Mas rapidamente a calma se vai: no alto do monte revela-se um batalhão de índios raivosos da tribo mataesfola. Quanto ao Clint Eastwood, rodeiam-no pedindo autógrafos e ficam maravilhados pelas suas rugas. Quanto ao Markl, apesar de sentirem que conhecem aquela fronha de Kevin Costner oculista não controlam a raiva. E depois lembram-se de Filmes como o Waterworld, o Tin Cup ou mesmo... todos os filmes em que ele entrou.

4. Obviamente arrancam-lhe o escalpe, amarrando-o ao chão muito firmemente. Com o crâneo à vista, ele fica sujeito a uma espécie muito prórpia de gulag. É ensebado coom uma substância de cascavel fêmea e deixado ali. Depois os índios fazem um ritual marado com peles de búfalo e fogem. O Kevin Markl, ou Nuno Costner, com os ouvidos encostados ao chão começa a ouvir um tropel que vai aumentando de intensidade. A terra treme. Num jipe que ali estava, um copo de água ilustra as vibrações. Esta referência ao Jurassic Park dispensava-se.

5. O adiposo escalpelado ergue o olhar para o horizonte. Vem aí uma manada de dezenas de milhar de búfalos, cega de ódio pelo Kevin Costner, e vai espezinhá-lo. Ele ainda grita que é o Nuno Markl e só come macrobiótica, mas nada feito: é reduzido a uma omelete. Apesar de estarmos no meio do nada, um velho gira-discos ligado a um gerador a gasóleo tocava clássicos de Western compostos pelo Enio Morricone.

Saturday, January 20, 2007

81- Viagem a Xangai


1- Numa tômbola viciada, sacamos um 1º prémio, que é uma viagem de avião a Xangai, que sai precisamente ao deslavado do Markl. O minorca pula de alegria, nunca lhe tinha saído nada, apenas lhe tinha saído uma vez a chave vencedora dum jackpot no totoloto mas tinha-se esquecido de registar o bilhete, por isso não contou.

2- Apresentamos-lhe um papel com letra tamanho 12 e explicamos-lhe que é assim o processo natural destas coisas e que ele só tem que assinar em baixo para a viagem estar garantida. Sorrimos-lhe até e ele acredita na nossa boa vontade: assina de olhos fechados. Por sordidez, e ao contrário dos outros documentos em que se tem que ter atenção às letras mais pequenas por detrás da folha, nós pusemos na parte de trás em letras garrafais a bold, que quem assinasse o documento, estaria totalmente sujeito às nossas condições de voo. Isto só para termos o gosto de ver a cara de otário dele quando se deu conta do que acabou de assinar, bastou-nos um simples sorriso e ele assinou. Dumb ass.

3- As condições são bem simples, não há lugar dentro do avião (haver até há, mas nós não lhe dizemos), logo o Markl vai amarrado por uma corda no tornozelo, que se prende à asa esquerda do avião. Para o tornar aerodinâmico, adaptamos-lhe umas pequenas asas às hastes dos óculos. Escolhemos um dia de grande tempestade, pois uma boa turbulência nunca fez mal a ninguém, não sejas maricas Markl.

4- A viagem é longa, de 15 horas, os relâmpagos ziguezagueiam à volta do NM, ouve-se um choro compulsivo de criança que ecoa no infinito dos céus. Enquanto isso, dentro do avião e já pela 3ª vez, uma criança a soluçar, jura à mãe, ao seu lado, que está a ver um homenzinho pela janela do avião a chorar como um triste estafermo. A mãe castiga o puto e diz-lhe que mentir é feio. O Markl está desesperado, farta-se de bater com os dedos na janelinha do puto, mas nada feito.

5- O avião finalmente prestes a chegar ao seu destino, solta o trem de aterragem. Nós também pensámos nisso, por isso pusemos previamente uma mochila às costas do Markl com um patim.
A aterragem do avião corre bem, a do enfezado, nem por isso, fica sem pele, totalmente esfolado e em carne viva, totalmente irreconhecível.

Já que estamos por China e estamos, aproveitamos para beber um cafezinho. Como pagamento, damos ao sr. do café, que também tem um talho, um "coelho esfolado" Português, uma iguaria lusitana.

Ahhh...bom cafezinho!

Friday, January 19, 2007

80 - Guilherme Tell dos tempos modernos



1. À sexta feira à noite raptamos o Markl nas imediações da Conde Redondo. Não sabemos o que andava lá a fazer, muito menos de vestido curto rosa choque, plumas e salto de agulha de 17 Cm. E não, Markl, não te vamos tratar por Catherine Deneuve.

2. Obrigamos o gajo a mudar-se para uma roupa decente, assim estilo uma camisinha à beto da Sacoor com ursinhos atrás ou a bandeira do Canadá, jeans azuis e sapatos de vela castanhos. Está mesmo lindo. Enquanto ele troca de roupa ouve uma cançoneta do André Sardet, na sua secretamente preferida RFM.

3. Onde vamos? Diz o braquissauro desmiolado na sua candura juvenil. Está descansado que não te tirámos da Conde Redondo para te levarmos para o Parque Eduardo VII. Primeiro obrigamos o alienígena ocularmente inapto a beber um copo connosco nas Docas e na 24 de Julho. Esta parte para nós também é torturante, mas estamos dispostos a sacrifícios para cumprirmos com o nosso dever.

4. Metemo-nos na viatura - o porrada de criar bicho tem um parque automóvel invejável. Hoje Era mais prático levarmos o Cayenne, porque assim o saco de ráfia com o mafarrico cabia bem lá atrás. Num pulinho estamos numa quinta oitocentista na região saloia. O Markl é retirado do saco e amarrado a uma cadeira, amordaçado.

5. Coloca-se uma maçã sobre o cucuruto do horrífico humanóide. Agora, em frente, temos um pelotão de atiradores cuja missão é acertar na maçã. Eles tinham estado as últimas três horas a beber copos três de vinho da prateleira de baixo. Apontar!

79 - Um touro entre as pernas


1. Levamos o Markl para um cidadezinha perdida nos confins do Alabama. Anunciamo-lo como a grande esperança do rodeo português. Os nativos perguntam-se is this the rodeo clown? Enquanto se riem - e o Markl convencido que é do seu talento humorístico.

2. Vestido a rigor, julga que vai apenas filmar um spot publicitário para a Delta cafés. Chapelão à cóbói, esporas, casaco à Dave Crocket. E caso não saibam o Dave Crockett era gay. Quem usa casacos daqueles com franjas só pode ser. Uma vez vi em Câmara de Lobos um gajo, à noite, gritando para os jovens nativos que estava disponível para actividades. E ele tinha um casaco desses. Está tudo relacionado. Mas o Alberto João diz que na madeira não existe disso.

3. As câmaras estão lá e o estrambólico quatro olhos monta o touro mecânico. Para variar, sente algum poder entre as pernas. Tiram-se fotos. Liga-se o touro na velocidade mínima. Nada de especial.

4. Para dar mais verosimilhança (sempre sonhei escrever esta palavra) à coisa e às fotos e filmagens, colocamos o touro na velocidade máxima e depois sabotamos os comandos para aumentar ainda mais. Calcula-se que o corpo mole tenha sido projectado a cerca de quatrocentos metros onde previamente tínhamos deixado uma réplica da cena do gato preto gato branco em que o mauzão cai dentro da fossa.

Thursday, January 18, 2007

78 - Puré de framboesas



1. O Markl gosta de andar de bicicleta. Tem uma daquelas muito giras da Floribella, cor de rosa, com rodinhas na roda traseira para equilibrar. O selim é verde alface. E usa capacete. Cabeçudo como é, não havia capacetes Floribella para aquele tamanho. Então mandou fazer um especialmente.

2. Estudámos os hábitos velocipédicos do pusilânime (embrulha) bivalve (toma lá) e concluímos o seguinte. Ele costuma andar na pista velocipédica de Monsanto. Todos os Domingos de manhã antes de ir à missa na Igreja de Carnide, lá está ele, a pedalar, a trinta à hora quem o irá parar? Nós, claro.

3. Por coincidência, quando ele atravessa a estrada com a bicicleta, um dos nossos colaboradores mais fiéis, cujo nome não divulgamos sob o risco dele ser despedido da equipa onde o Markl trabalha, ia a conduzir em alta velocidade um camião de 24 rodados que por sinal transportava catorze toneladas de Xampa! Portanto não foi sorte.

4. E maior coincidência ainda, é que no rádio do camião se ia a ouvir isto:

http://www.youtube.com/watch?v=IX8jgLegXj8

Wednesday, January 17, 2007

77 - Eu não quero ir à máquina zero


1. Aquela gadelha além de quase tão oleosa como a do Alvim, tão inestética como a do Abel Xavier e de ser causadora de estrabismo acentuado por estar sempre a cair para os olhos, precisa de ser aparada. Dizemos nós. Isto ao som de Hair cut dos Pavement. O nosso sentido de serviço público obrigou-nos a intervir.

2. Tentámos levar o ogre purulento a vários barbeiros experientes. Barbeiros do exército, da GNR, tosquiadores industriais de pecuária, rapadores de javali de Torre de Moncorvo... Mas ou recusavam o serviço com um seco aqui nom aparo morcões à moda de Gil Vicente ou tentavam e as tesouras encravavam ou escorregavam na seborreia. Nem com tesoura nem com máquina: não se encontrou modelo no mercado capaz de arcar com a tarefa. E olhem que experimentámos os modelos recomendados pela DECO.

3. Estávamos cansados. As nossas intenções eram as melhores, e os recursos esgotavam-se. Mas alto! Uma ideia! Era isso mesmo: nada como o modelo de corta-relva Mataomarkl6500 da Black & Decker. E então, ligámos no máximo e baixámos aquilo sobre o escalpe atemorizado do espigado gadelhudo até se encravar em pedaços de crâneo rachados. Ao som de Billy, dos Lawnmower Deth, enquanto as paredes escorriam sumo de mioleira e nelas escorregavam febras de massa cinzenta. Tivemos o cuidado de usar aventais e óculos de soldador.

4. Antes, claro, perguntámos: então como quer o corte?

76 - A única saída



1. Levamos o fanhoso dantesco para um barracão em Castro Marim, à beira do Guadiana. Deitamos o Markl nú em cima de uma mesa bem friazinha, deixando ficar apenas os boxers de o meu pequeno pónei. Ouve-se o Best of dos Ratt, essa fantástica banda Hard Rock estilo hair metal dos anos 80.

2. Ele tem os braços e pernas abertos e fixos à mesa com linha de pesca bem apertada. Entretanto fomos buscar a nossa amiga. Alimentámos durante um ano uma jovem ratazana mutante das catacumbas do Convento de Mafra com Danoninhos. Não só ela cresceu mais ainda, como todo aquele cálcio extra lhe fortaleceu as unhas, que nós tratámos de pontiagudar. Ouve-se a versão Andy Kaufmann do Mighty Mouse.

3. A nossa amiga está numa gaiola de ferro, que suspendemos do tecto, até ficar encostada ao ridículo abdómen do Markl. Agora fixamos às faces laterais e superior da gaiola dispositivos com brasas vivas. A ratazana fica nervosa. Vai entrar em pânico. Está muito calor e tem que fugir dali. Retiramos o fundo deslizante da gaiola. A única saída é através da barriga do Markl. Unhas para que vos quero! Ouve-se o matraquilhante Split wide open, dos implacáveis Cannibal Corpse.

Tuesday, January 16, 2007

75 - STOMP! (irish pub style)


1. Levamos o morcão sinusóide para um pub irlandês no bas fond noctívago albufeirense. Esta frase merece um globo de ouro. Primeiro, bebemos uns copos valentes enquanto cantamos velhas canções dos The Pogues. Obviamente após meia Guinness o taralhoco apresentador está embriagado, o que nos desagrada deveras, porque assim lhe vai doer menos.

2. Ao som de Triple Trouble dos Beastie Boys, amarramos o cavernoso guionista à fantástica mesa de snooker. Snooker é uma coisa, pool é outra. O que vocês jogam na tasca é pool. O que nós, os da classe alta, jogamos em luxuosos salões ou casas de alterne do bas fond (cá está, outra vez bas fond) chama-se snooker e é bem diferente. Não vou explicar. Mas é. É aquilo que dá na eurosport no Inverno. Uma seca, já agora.

3. Agora entram na sala os artistas convidados: os talentosos percussionistas STOMP!, utilizando exclusivamente tacos de Snooker, bolas de Snooker enfiadas em peúgas usadas duas semanas seguidas por um carteiro de Armação de Pêra e aqueles cubos de giz azul que servem para quando jogamos dar ares de que percebemos daquilo, vão percussionar uma música no corpo gelatinoso do Markl. Pode ser a cavalgada das valquírias, tocada com molta passione. Força!

74- O esconderijo


1- Numa forguneta dos anos 70, com porta de correr lateral, atiramos o Markl nu, só em cueca tigrada, pela borda fora, no meio do Bronx, em Nova Iorque, perto da 1h30m da manhã, que cai frágil e desamparado no alcatrão, rolando com o corpo pela rua até chegar ao passeio, acabando por aterrar contra um latão a arder, numa daquelas noites de inverno frio Nova Iorquino, acabando por cair por cima de 3 mendigos vagabundos que estavam enrolados em caixotes de cartão, 2 a dormir e um a tocar harmónica e a beber Whisky.

2- Os vagabundos, acordam, tossindo catarro com sabor a Scotch para a cara do enfezado, e um deles espeta-lhe logo uma navalhada no lombo. Desesperado, o Markl levanta-se e começa a fugir, vendo-se a figura esquelética quase desnudada a desaparecer no horizonte da ruela enquanto é perseguido pela vagabundagem.

3- Completamente desnorteado, correndo completamente ao acaso, o caixa d'óculos vira uma esquina e pega num pau que encontrou no chão e olha para trás, onde vê os vagabundos parados, com um certo ar de terror na cara. O Markl, no bluff dele, pensando que finalmente mete medo a alguém, abre os braços de garnizé e faz movimentos com o pau, ao que os vagabundos fogem a sete pés.

4- Contente e com algum orgulho, o oculista esbranquiçado suspira de alívio e mete-se em marcha. Dá a volta e quando começa a dar o 1º passo, olha para as sombras no chão e, devagar, levantando o olhar, vê um gang de afro-americanos, munidos de paus com pregos, catanas, pontas e molas e um deles, sabe-se lá porquê, com um florete de esgrima. O HORROR na cara do escaganifobético! Acto contínuo, começa logo a chorar e a pedir perdão, num inglês britânico, que só enfurece mais um dos membros do gang, que lhe corta a orelha esquerda com o florete num movimento repentino. Em pânico, o Markl desata a correr feito barata tonta, quando um outro membro do gang lhe crava um pau com 3 pregos enferrujados nas costas, ficando o pau entalado nas costas do NM.

5- O caguinchas corre petrificado e em estado de choque pelas ruelas escuras fora, com o gang a persegui-lo. A adrenalina fá-lo correr o triplo do normal e correndo por 5 quarteirões sem parar, desesperado, vê uma porta escura entreaberta e enfia-se por ali adentro. "Estou safo", pensa, a chorar compulsivamente.

6- Quando entra na casa, com a sua figurinha, completamente nu, só com as cuecas tigradas vestidas, fecha a porta atrás de si com 3 voltas à chave, que se encontrava na porta. Depois, repara que está tudo silencioso e escuro. Começa às apalpadelas a ver se encontra o interruptor da luz e segue por um salão adentro, começando a vislumbrar umas figuras presentes na sala.Nisto, acende-se uma bola de espelhos de boite dos anos 70 no tecto e começa a tocar uma canção... http://www.youtube.com/watch?v=tTJMerul33E

73 - Soltem os prisioneiros


1. Amarramos os tornozelos do Markl e do Carlos Castro e vamos fazer uma super-mega-fixe road trip digamos mesmo um inter rail, ou melhor inter jail. Começamos por deixar os pombinhos uma semana na suite presidencial da prisão de Pinheiro da Cruz para se ambientarem a outras realidades. O Markl passa a semana sem tomar banho o que para ele é fácil, o outro passa a semana a apanhar tudo quanto é sabonete. A semana toda, nos altifalantes da prisão, a discografia dos Delfins pós-1990.

2. O Markl com aquele ar de judeu passa então uma semana em Auschwitz. Em seguida, uma semana a conhecer as maravilhas do edifício neo-bizantino da prisão de Gaziantep, na Turquia, para indivíduos mesmo maus. Um fim de semana em Moscovo com o trstamento que o Putin dá aos opositores, com Kryptomarkl. Continuando para leste, como poderíamos esquecer, uma semaninha de férias bdsm bondage em Abu-Ga... Abu-Grub... Abu-gharbit... essa do Iraque. Depois, uma semana numa masmorra do tempo da guerra, no Vietname, dentro de água fazendo amor com sanguessugas. Na china um fim de semana de três dias com o tratamento que eles dão aos Tibetanos.

3. A semana decisiva será em Guantanamo, onde o Markl será investigado pelo seu elo com o terrorismo. Embora fraca, ele tem uma barbicha como os monhés bombistas. Leva porrada como o Stallone no prisioneiro. Uma semana depois, na prisão de Folsom onde Johnny Cash andou. Os gangs de brancos recusam-no pela fronha de Judeu, os de pretos por ser branco como a cal, os mexicanos por não cheirar a fritos, os indianos por não cheirar a fritos, e os judeus apenas porque não se consegue pronunciar o raio daquele apelido. Ainda temos tempo para fechar em beleza, com uma semana na frigideira fascizóide do tarrafal onde saca um bronzeado de fazer inveja às tias frequentadoras da Kapital a meio do Inverno. Ah que férias, tanta cultura.

4. Mas isto para o Markl não é nada quando vir que na sua ausência fomos lá a casa e desmagnetizámos toda a sua colecção de DVD's.

Monday, January 15, 2007

72 - Com a saúde não se brinca



1. A saúde é assunto sério. E para convencer os jovens a terem cuidados convidamos o Markl a participar numa campanha pró-rastreios e essas coisas. Pelo menos é o que lhe contamos. Nós aqui no porradadecriarbichopontocome fazemos serviço público. Mais que a maioria dos funcionários das câmaras e assim. Claro que a face do Markl será filmada durante este processo.

2. O primeiro rastreio é a úlceras no estômago. Por causa da junk food que os jovens consomem. Como tal o Markl vai fazer uma agradável endoscopia. Quem não sabe o que é informe-se. Pronto, é meter uma mangueira de centímetro e meio de espessura pela goela abaixo até ao estômago e andar a revirá-la lá dentro uns dois minutos. Jejum de seis horas, claro, por causa das contracções que causa. Para ficar mesmo bem feito deixamos a coisa durar cinco minutos, quando o Markl já tem dores abdominais de tanto vómito em seco. Obviamente o facto do Markl ter asma impede a aplicação de anestesia local.

3. Em seguida um rastreio ao colón. Uma colonoscopia. É parecida com a anterior, a mangueira é igual, mas demora uns trinta minutos. Ao fim de dez dói horrivelmente. Mas pode-se ir vendo as nossas entranhas num monitor. Eu sei porque já fiz. Desde essa altura que a minha voz ficou mais fininha. Assim tipo o gajo da Ala dos Namorados. Tem que se fazer um jejum de seis horas, e depois beber quatro litros de uma solução aquosa que sabe a aspirinas com sebo em apenas quatro horas. É mais difícil do que parece. Fica-se de lado numa marquesa, um enfermeiro faz o chamado toque, e depois é um metro e vinte de mangueira. Para facilitar a passagem a mangueira injecta ar continuamente, durante essa meia hora, portanto o Markl que se prepare para bater o record de flatulências do senhor do livro.

4. Para dissipar as dúvidas repetimos o ponto três. Desta vez, com o Carlos Castro a fazer de examinador.

71 - Indignação popular



1. Em frente ao parlamento está uma manifestação de velhas, perdão, cidadãs portadoras de bilhete de identidade com data de nascimento com a sigla a.C., furiosa com o anunciado fim da comparticipação do estado na venda de laxantes e clistéres. Entretanto já raptámos o nosso pequeno roedor a meio do pequeno almoço de All-Brann Chocolate.

2. A multidão está capaz de matar. Estão indignadas, arreliadas, contrariadas, e obstipadas. Agitam no ar, as que conseguem, os braços, outras levantam as saias em protesto. Grita-se. Ali perto, numa ruela de São Bento, preparamos o nosso herói: vestimos-lhe uma linda t-shirt de algodão egípcio com a inscrição - a lei é minha! - ele acha que isto vai ser um happening qualquer em frente à Assembleia.

3. Largamos o Markl à porta do parlamento, em frente à multidão enraivecida. Espumam da boca (as que não espumavam já) e encaminham-se para o Markl atarantado à velocidade possível. Ele não tem escapatória. Deixámos-lhe os sapatos atados entre si. Não fomos nós que atámos, ele é que por vezes se atrapalha, quando a mulher não lhos ata.

4. O Markl é espancado e trucidado por pés, mãos, arrastadeiras, bengalas, muletas e sacos de clistér e deixado ali para ser debicado pelos pombos. Depois elas fazem fila para lhe pisarem na zona onde dói uma por uma.

Sunday, January 14, 2007

70 - O IC19 está entupido



1. Convidamos o Markl para participar numa iniciativa da sua tão querida TVI. Supostamente, figuras conhecidas do panorama humorístico iriam esta semana estar no heli que monitoriza o trânsito nas manhãs.

2. Após mandar uns bitaites sem graça acerca do entupimento do IC19, engarrafamento na Pimenteira e estado calamitoso na marginal devido a um acidente no alto da boa viagem (porto mode on) ou acerca dum tránsito do c... no castiélo do queijo, um pára arranca infernal na circumbalaçoum e uma estrada cortada na biê ciê i (porto mode off) os nossos colaboradores agarram-no.

3. Conforme combinado, o piloto mantém o heli em vôo estático, tipo aqueles pássaros que não saem do mesmo sítio, e o Markl é atirado com um pára-pente. Até aqui tudo bem. Mas a coisa foi calculada de modo a que o piloto do heli da SIC, que fazia o mesmo serviço de trânsito, fique mesmo por baixo. Então o Markl desce lentamente para a hélice faminta, olhando em desespero e esperneando. Claro que escolhemos um dia sem o menor vento para evitar falhanços.

4. No resultado disto, guardamos os resíduos no congelador e depois usamos esse granizado para servir no jantar de turma de História de Arte da Faculdade de letras da Universidade de Lisboa, quarto ano, umas caipirinhas de sabor assaz original.

Saturday, January 13, 2007

69- Torno


1- Pegamos no Markl e pomo-lo em tronco nu e prendemos-lhe a cabeça num torno de serralharia e submetemo-lo a um simples questionário de 7.200 perguntas.

2- Incentivando-o para responder correctamente, temos uma equipa de chimpanzés pronta a tomar conta do assunto: um chimpanzé numa cadeira sentado ao seu lado que se assegura do bom funcionamento da máquina. Em cada resposta errada do NM, o animal roda uma volta o manípulo do torno. Nas costas do Markl um reputado chimpanzé de circo, com queda para a medicina oriental, faz-lhe uma sessão de acupunctura, espetando-lhe 9 agulhas na espinha. À falta de agulhas de acupunctura, servem agulhas de crochet. Um terceiro símio, com tendência para a enxaqueca, por cada resposta errada do Markl, arranca-lhe um pelo de barba com um alicate de electricista.

3- Só para chatear, contratamos o rapaz do gongo dourado, do mítico programa da Amiga Olga, desaparecido de cena há 15 anos, para bater no gongo em cada resposta errada do enfezado.

Primeira pergunta: Num formigueiro do Parque Nacional de Serengueti, na Tanzânia, quantos ovos põe a formiga Rainha por mês? -And please, be precise-.

Friday, January 12, 2007

68 - Bem que me cheirou a fritos


1. Propomos transformar o Markl numa fartura gigante e vendê-lo na feira do livro. Para tal será necessário esta fritadeira gigante AEG b77 com filtros triplos para as impurezas da matéria-prima.

2. Ingredientes:1 tigela grande de farinha de trigo, 1 colher de chá cheia de fermento em pó, 1 colher de chá cheia de sal fino, azeite fino para fritar, açúcar e canela para polvilhar. E um Nuno Markl.

3. Preparação: Peneire em conjunto a farinha, o fermento e o sal para dentro de uma tigela grande. Aos poucos, adicione água e vá batendo até a mistura ficar lisa, maleável mas espessa. Tape com um pano para a superfície não secar e deixe levedar durante 20 minutos. Deite a massa numa seringa forte, própria para este tipo de fritos.

4. Aquecer previamente a super-fritadeira, com bastante azeite e um Nuno Markl lá dentro. Aqueça bem e deite a massa da seringa no azeite, movendo esta em volta da frigideira. Vire do outro lado com dois garfos fortes e acabe de fritar. Retire e escorra o excesso de gordura sobre folhas de papel absorvente. Com uma tesoura de podar laranjeiras, corte em pedaços. Sirva as fartarkls quentes, polvilhadas com açúcar misturado com canela.

5. Que bem que se está à lareira.

67 - Acabaram-se as tostas.


1. Não, o animal na foto não é o Markl. É um papa-formigas listado da lapónia, o animal com a maior capacidade de sucção do mundo. Não, não se ponham com pensamentos impuros. Primeiro, usamos o papa-formigas para sugar o resto das baratas que o Markl tem dentro desde a tortura anterior.

2. Agora, depois de imobilizado o Markl numa bancada da serralharia Barros & Rodrigues em Benavente, injectamos mel granja São Francisco em todos os orifícios do radialista amador. Vejam bem quanta publicidade já fizemos neste post, não imaginam quanto dinheiro isto deu.

3. Agora saímos da sala, entretanto selada, excepto num ponto onde entrarão 500 cm3 de formigas vampiras do Suriname. Invadem o Markl por todos os pontos, todos os orifícios, além de criarem alguns novos.

4. Depois introduzimos o nosso amigo papa-formigas, entretanto baptizado de Gaspar, isto já num momento em que as formigas tinham aberto buracos nos órgãos internos do corsário zarolho. O papa-formigas papa através dos orifícios não conseguindo evitar a extracção de alguns orgãos. No fim, deixamos o Markl num descampado qualquer do Ribatejo, entregue às suas hemorragias internas. Agora gostava de ir lanchar, mas acabaram-se as tostas.

nota da redacção: o papa-formigas está bem. só ficou um bocado agoniado com o odor do barbichas oleosas. as formigas não estão bem. foram todas comidas. mas são só formigas. e eram más.

66 - Há vida em Markl


1. Auxiliados pela sua divertida companheira, introduzimo-nos no covil da besta. Ela espera que o Markl adormeça, e quando ele já ronca mais alto que o comboio da linha de Sintra que passa ali ao lado abre-nos a porta.

2. Injectamos nos apêndices auriculares do malfadado humorista uma solução salina com milhares de ovos de barata em suspensão. Está calculado que possam eclodir dentro de doze horas e manipulámo-los geneticamente de modo a acelerar o desenvolvimento das baratas bebé.
Foi preciso fazer muita força com a agulha para ultrapassar aquele cerume todo.

3. No dia seguinte, está o Markl a almoçar com os seus companheiros de trabalho no sítio do costume quando começa a sentir uma certa comichão nos ouvidos. E, de súbito, o milagre. Saem-lhe carradas de baratas dos ouvidos! Há vida em Markl!

4. Julgando aquilo um brilhante gag acerca do nome do blog do Markl, os seus colegas limitam-se a rir às gargalhadas enquanto as outras pessoas presentes na sala se vomitam todas com o mar de baratas e o Markl agoniza de dor prostrado no chão.

Thursday, January 11, 2007

65 - O atirador de facas Parkinsoniano


1. A colaboração do Circo Cardinalli foi fundamental na execução desta tortura. Aproveitou-se para celebrar um protocolo conjunto entre este blogue e o referido circo para colaborações torturantes futuras.

2. Primeiro pensámos em pedir a participação do grande e genial e infalível atirador de facas romeno Atirafaca Cortautodu. Mas depois tivemos uma ideia melhor.

3. Como é da praxe, fixa-se o Markl a uma roda vertical giratória. Fixamo-lo com agrafos industriais aplicados em bocadinhos de pele que esticamos para os lados. E se o Markl tem peles. Mais que o Clint Eastwood e o Paul Newman, é só peles penduradas.

4. A roda já está a girar... e surge então o bisavô do anteriormente referido atirador de facas. Ainda está cheio de força e tem uma visão 20/20, mas... tem um acentuado tremelique causado pelo seu Parkinson. Apontar...

Wednesday, January 10, 2007

64 - Laundromarkl



1. Estamos determinados em resolver o problema de higiene que o Markl tem desde os inícios dos anos setenta. Como tal, começamos bem a propósito a executar o nosso plano ao som de um êxito de black music desse tempo, car wash.

2. Metemos o Markl num qualquer saco de roupa suja da prisão do Linhó. O linhó é em Sintra. É lá que fazem as queijadas. E eles não lavam as mãos antes de fazerem as queijadas, danados, e é isso que lhes dá aquele sabor inconfundível. Entretanto a música é o genérico do Love Boat.

3. Vamos a uma lavandaria industrial, porque nas lavandarias comuns não existem máquinas com potência suficiente para penetrar na amálgamonha (inventei eu) de porcaria que cobre o estropício. E agora já estamos a ouvir Bridge over troubled waters, do Paul Simon. Não é fácil encontrar alguém com menos talento que o Paul Simon.

4. Optamos pela máquina SuperJumbo6000GTi. Escolhemos o programa 280º Celsius, a uma velocidade rotativa de Mach4. Ouve-se agora Washing Machine, dos Christian Death. Mas antes de fecharmos a escotilha temos a delicadeza de dizer ao Markl com licença.

63 - O inquisidor manco de Penalva do Castelo



1. Apresenta-se o Markl, demo mafarrico zarolho venera penico, perante o santo inquisidor manco de Penalva do Castelo.

2. E o santo inquisidor, de seu nome Floribelo: Muy pecador soes tu, demo creatura de malicia! Ora saes praticar malles mayores que tua graça de bobo aleijado perante nosso senhor e o Santo Inquisidor.

E o coro do povo, vindo de reinos tão distantes como a tapada das Mercês: Fogueira! Bruxo, t'arrenego! Caldeirão! Beelzebub!

Santo Inquisidor: Está visto que estaes possuído por Satanás! Renuncias às suas obras e malles?

Markl: Sim! Até me desfaço da cminha colecção de colecções de cromos Panini... e do frasco em que guardo há quinze anos as minhas unhas encravadas dos pés!

Santo Inquisidor: Visto que não optasteis por adorar o Senhor, declaro-vos culpado e tereis que ser purificado. Se após a purificação sobreviverdes, será sinal de que o Senhor vos perdoou. Caso contrário é porque estaes condemnado às eternas flamas infernaes.

3. O Santo Floribelo Inquisidor delibera a purificação:

A creatura será suspensa pelos pés de uma cana e dois servos da muy nobre Igreija serrá-lo-ão pelo entre pernas até o separar em duas metades. Se sobreviverdes sereis absolvido.

Tuesday, January 09, 2007

62 - Tortura e cinema #7 - Super size Markl



1. Durante oito semanas alimentamos o Markl de forma forçada, exclusivamente com produtos McDonalds. Apenas beberá Coca-Cola e pode rodar entre os vários menus, sendo obrigado a cumprir oito Super Menus diários, acrescidos de oito Sundaes.

2. No filme a coisa foi parecida. Mas nós iremos mais longe. Nas oito semanas subsequentes o Markl será alimentado à força todos os dias com sandes de coirato, orelha de porco a pingar óleo usado, batatas fritas empapadas, Haggis, toucinho, e uma barrica de vinte e cinco litros de ovos moles de Aveiro. Para conseguir engolir tudo isto terá que ser "auxiliado" ao estilo do que fazem aos gansos do foie gras, empurram-lhes a comida goela abaixo. Até os fígados explodirem.

3. No final da coisa o Markl estará assim:


Nota da redacção: acabem com o consumo de foi gras, acabem com a barbárie. A menos que seja fígado de Markl.

61 - A anaconda bulímica do Trancão


1. Como habitualmente ao sábado de manhã, o Markl vai fazer o seu exercício semanal. Após uma caminhada pela zona da expo no sentido Sul-Norte, com o seu fato treino roxo com listas verde-alface e a bolsa de cintura de nylon amarelo, aproxima-se do aterro sanitário de Beirolas.

2. Hmmm que bom ambiente. O Markl faz um pouco mais de jogging, e fica com muito calor. Olha para as águas salobras e negras do Trancão e não resiste ao apelo: o mergulho semanal. Umas braçadas inconfundíveis à cão com um splish splash ruidoso são um estilo aperfeiçoado durante anos.

3. Mas tanto chimfrim atrai a nossa amiga. Com efeito, após estudar os passos habituais do ser abjecto, deixámos atolada no lodo uma anaconda bulímica de nove metros trazida dos esgotos de Brasília e que se sente ali como peixe na água. Ela aproxima-se da sua presa.

4. A anaconda começa por se enrolar à volta do corpo amorfo do Markl e vai apertando, apertando, apertando. Mas demos-lhe instruções para ela não o fazer perder os sentidos e passar logo à próxima etapa. Engole-o por inteiro, dilatando aquelas mandíbulas. Durante os próximos seis dias o Markl será parcialmente digerido. Até que a meio da digestão, a anaconda mete a outra extremidade à goela e regurgita o Markl ainda vivo mas meio derretido pelos ácidos estomacais.

Monday, January 08, 2007

60 - Higiene (?) matinal



1. Eu sei que parece um contra-senso juntar higiene e Markl num só assunto. Mas nós investigámos. Pensámos longamente que era necessário proporcionar ao Markl um começo de dia martirizante.

2. Pois a nossa investigação concluiu que a única higiene que ele pratica é pentear-se de manhã para desviar aquela melena oleosa dos olhos. A única pessoa do mundo com cabelo mais oleoso que o Markl é o Alvim. E o... não, esse não digo. Pois introduzimos um dos nossos melhores agentes naquele obscuro beco na buraca.

3. O agente sobe pelo exterior do prédio até ao segundo andar. Não vai por dentro, porque ia fazer barulho nas escadas. O prédio nem elevador tem. Então o agente entra pela típica marquise em alumínio anodizado e só a custo evita que aquela geringonça chie ao abrir. Os cães são neutralizados com um sussurro em canês de vamos torturar o vosso dono. Ficam deliciados finalmente será vingado aquele corte de pêlo maricas.

4. Passamos a cozinha onde estão restos de iscas na frigideira e no corredor um quadro famoso: o menino que chora. Tão lindo. Um monumento ao gosto. à esquerda passamos o altar Chuck Norris do Markl e depois a porta do banheiro. Trocamos o pente do Markl por um pente em aço inox com dentes super-afiados aperfeiçoado com hormonas de aligátor do Sado.

5. De manhã quando o ramelarkl se for pentear, obviamente com força para desembaraçar aquele ninho de ratos, vai enterrar os dentes metálicos até ao crânio e ao arrastar para trás deixará à vista um belo escalpe e acordará os vizinhos com um berro inumano. Ainda se ouvia o rádio-despertador do Noddy trautear Teenage lobotomy dos Ramones.

59 - The passion fo the Markl



1. Fazemos o nauseabundo humorista desmaiar com clorofórmio made in Moscavide, ao som de Lucy in the Sky with Diamonds do Beatles. Levamos o gajo prá Palestina onde após uma regressão até aos 2 meses de idade o trocamos com um nativo que estava numa manjedoura com três reis magros. Por lapso na Bíblia meteram reis magos. Eles eram era magros. Por isso levaram ouro incenso e mirra em vez de alheiras de Mirandela, um leitão da Bairrada e um panelão de Cozido. Acaba por achar que o pai é aquele carpinteiro que cheia a sovaco e a mãe aquela rapariga de catorze anos que ali está.

2. Passa a juventude entre uma dúzia de melgas que não o largam. Nilton, Aldo, Fernando Al-vim, Serafim, Francisco, Fernando Iscarirocha, Óscar, Horácio, e é baptizado no Rio Jordão pelo primo Pedro Baptista. Depois Iscarirocha chiba-se dele aos romanos, palestinos, alcáidos e israelitas, que todos o odeiam. Mas antes faz uma jantarada com aquela malta, obviamente iscas.

3. Obrigam-no a arrastar uma cruz de pau (não, não é a da outra margem, é mesmo de madeira) pelo monte Golgota acima. Pelo caminho é cuspido e apedrejado, mas acima de tudo toda aquela poeira dá-lhe um violento ataque de asma. E naquele tempo ainda não havia ventilan. A coroa de espinhos faz dele o rei dos pigmeus e assenta-lhe bem. O pior é que quando o povo viu os pés do gaijo desmairam com semelhante visão da monstruosidade.

4. Depois de mais umas quinhentas chicotadas no lombo anafado, já o seu manto se desfez e o povo espanta-se pois nunca tinha visto um homem com peitos. Então é visto como um freak ainda pior e pregam-no à cruz, e ele a distribuir perdões por toda a gente. Ainda aparece uma jovem que lhe limpa o rosto, criando assim o santo malcheiroso sudário. Um dos soldados esfrega-lhe uma esponja de vinagre nas feridas.

5. O centurião romano oferce ao povo a escolha entre a libertação de Markl e o pagamento de mais impostos e o povo exclama: queremos impostos!

58 - Da Weasel



1. Metemos o Marklinho na parte de trás de uma 4L aos solavancos pela estrada da serra até Cucujães. Agora escrevo Elsa Raposo só para aumentar as visitas. Escrevo também gajas nuas, a procura mais popular do google portuga. No auto-rádio, de janelas abertas, ouvimos alegremente o mega-êxito de José Cid, favas com chouriço.

2. Compramos um capacete extra-large de marca rasca. Extra large apesar do markl ser um micro-céfalo. Mas já vão perceber porquê. E para maior conforto deixámos no Markl uns auriculares em que se ouve Animals do it too na voz quente de Barry White.

3. Metemos o capacete ao Markl e fixamo-lo com uma daquelas pistolas de pregos das obras no pescoço dele. Uns 38 pregos devem bastar. Dentro do capacete está uma doninha fedorenta de Cucujães à qual foi diagnosticada incontinência total e está muito assustadiça.

Nota da redacção: nenhuma doninha foi maltratada na execução desta tortura.

Sunday, January 07, 2007

57 - A esfareladora de Markls de Massamá


1. O Markl é um homem da comunicação e mantém-se sempre atento ao país na sua busca de assuntos para humor. Portanto no início da coisa deixa-se o gajo fechado numa sala com o Paulo Portas e o Francisco Louçã que encontrei ontem no Monumental no cinema e eles aceitaram ajudar a isto. Entraram separados mas saíram juntos. Ele ao vivo ainda parece mais.

2. O Pedro Mexia também lá estava. O Pedro Mexia é um badocha mas até é alto, mas corcunda. E anda sempre com quinhentos livros com ele. E deu uma estrelinha ao Babel. Portanto ou é para parecer muito inteligente ou é um extraterrestre. E até é parecido com o Markl, só faltam os óculos e morar na Buraca. Por isso também obrigámos o Markl a ouvir durante duas horas o Pedro Mexia falar do expressionismo germânico dos anos 30 aplicado à serralharia.

3. Depois do debate raptamos os três com a ajuda de uns mafiosos de leste. O Paulinho das feiras e o Louçã deixamos num eco-ponto. O Markl levamos para fins malévolos, para Massamá. Primeiro obrigamos o gajo a passar a noite na discoteca do Shopping center de Massamá com os simpáticos nativos. E com uma t-shirt a dizer não gosto de africanos. Entre kuduros kizombas e outros uelélés ele diverte-se em grande.

4. À saída desta disconáite, percebe que ficou sem telemóvel, carteira, roupa exterior e interior.
E metemos o gajo num saco cheio de pó, para ele ter um daqueles ataques de asma de que tanto gosta. Com tanta falta de ar ele já está meio desmaiado quando o introduzimos na esfareladora da linha de Sintra, modificada na oficina tuning de Rio de Mouro para melhor desfazer badochas oculistas.

56- Terror orquestrado


1- Pactuando com o patrão do Markl na radio, dizemos-lhe para entregar 1 bilhete grátis ao enfezado para ir ver uma sinfonia, ao que o barba de pintelho, curioso como é, não diz que não, e vai ver.

2- Mal chegado ao auditório, depara-se com a orquestra no palco, mas a plateia está vazia e a iluminação está completamente desligada, menos um foco de luz que incide nos elementos da orquestra. Num acto contínuo, o homem da tuba coadjuvado pelo homem do contrabaixo, arrastam o Markl para o palco e prendem-no na harpa, entrelaçando-o entre as cordas do instrumento.

3- Impotente, o Markl é vergastado nas costas pelo violinista com o arco de madeira de crina de cavalo, ao som da música O Fortuna- Excalibur Theme, Carmina Burana (aliás, este texto devia ser lido ao som desse clássico) que a restante orquestra toca ardentemente, a um ritmo infernal, fustigando-o num ritmo constante, ao sabor da melodia.

4- Enquanto a clássica galopa numa gradação crescente, mesmo prestes a chegar ao clímax da melodia, o xilofonista em transe e tresloucado, envolto na música, toca xilofone nos dentes do NM e parte-lhe o teclado todo dos dentes, enquanto no apogeu da sinfonia, o homem dos pratos espeta-lhe 7 bufatadas com os pratos na tromba, acabando em êxtase, quando o maestro, despenteado, num estado animalesco total, levado pela música, lhe espeta a batuta no olho esquerdo.

Bis! Bis! Biiis!

Saturday, January 06, 2007

55 - Portugal Radical



1. Após as gravações de mais uma daquelas cahchadas radiofónicas levamos o Markl no comboio para a Invicta. Ele vai na carruagem dos animais, entre uma vaca louca (de quatro patas) e galinhas com dentes.

2. No coração da invicta, primeiro fazemo-lo passear pela Avenida dos Aliados com uma t-shirt em que está impressa a capa do livro Eu, Carolina. Curiosamente, ao mesmo tempo que por lá andava uma comitiva dos super-dragões a angariar membros.

3. Levamos o Markl para o meio do tabuleiro da ponte do Infante. Será esta? Não sei, mas esta é gira. Ah, deixem-me só escrever aqui Elsa Raposo que neste momento parece que são as palavras mais procuradas no google português. Assim caem aqui no blog que nem tordos.

4. Uma vez na ponte, explicamos que estamos ali com as câmaras para uma demonstração de bungee-jumping à moda do Porto, em que em vez de um elástico o Markl é lançado amarrado a fios de esparguete muito cozido. Sem parmesão. Anteriormente já lhe tínhamos explicado que tinha os bolsos cheios de pedras para melhorar o equilíbrio.

54- Surprise!

1- Mete-se o Markl nuns skis de neve e prende-se os skis por uma corda à parte traseira de um combóio que vai para o Pólo Norte e arrasta o oculista da rádio por ali fora. Quando os skis eventualmente se partem, a meio da viagem, descalça-se as meias do tweety ao NM e com um arame grosso prende-se os tornozelos do homem aos carris, pondo-o a ser arrastado no resto da viagem pelas unhas dos pés, até as falanges dos dedos ficarem expostas.

2- Chegado ao Pólo Norte, leva-se o raquítico a uma toca de urso polar e algema-se a perna do Markl à perna dum urso a hibernar, que não falta muito, está a acordar de um sono de meses e cheio de fomeca. (Deixamos aqui o nosso agradecimento aos duendes das moradias de iglos autóctones que nos ajudaram a besuntar pasta de salmão nos dedos dos pés e na garganta do Markl.) E enquanto o urso não acorda, um gnomo fêmea local com PMS e histérica é-nos trazida para passar a manhã a dar 300 pares de estalos ao Markl, para amaciar a carne antes da paparoca do urso quando este acordar.

3- Quando o urso acorda e sente o cheiro do salmão, começa a snifar o Markl, mas surpreendentemente não o come!

4- Numa viragem rocambolesca, chega-se à conclusão que o urso é homossexual. O urso então vai aos seus adereços e mete uma máscara de ski de couro na cara, com fecho éclair na boca, e põe uma coleira de picos à volta do pescoço e veste umas calças de couro pretas com 2 aberturas redondas nas nalgas ao nosso herói e mete-lhe uma tira de cabedal na cara com uma bola vermelha na boca, ao som de um clássico em vinil do Richard Clayderman.

5- Ao pedido de várias famílias, insatisfeitas com o ponto 3-), o urso lá acaba por comer o Markl.

Friday, January 05, 2007

53 - Cooking with Oliver - director's cut


Para este post temos a colaboração do mediático chef Jamie Oliver. Colocámos-lhe o desafio de como conseguir cozinhar tão indegesto animal e ele disse O Markl? Será difícil mas pelo prazer de o estourar faço tudo. Após dois meses de espera, que foi o tempo necessário para o Jamie perceber como tão asquerosa matéria prima poderia ser tornada um prato comestível, recebemos em dvd a exemplificação dos passos a seguir. E colocámos a coisa em prática.

1 - Rapte-se o Markl do seu T1 na Buraca (Benfica... lol), quando a mulher não estiver em casa. Pode ser enquanto ele faz o jantar, mas cuidado com o pivete a iscas. Guardamo-lo numa respeitável câmara frigorífica usada pela máfia de leste nas suas torturas enquanto preparamos os restantes ingredientes.

2 - Comunica-se o rapto ao jornal 24 horas e assim ele quebra o record de duas capas seguidas do Cláudio Ramos. Já com os ingredientes reunidos, começa-se então por mandar um saudável grupo de rapaziada membro de uma claque de futebol dar-lhe um enxerto, de modo a amaciar a carne.

3 - esfola-se o bicho vivo, utilizando para o efeito os dentes dum castor enraivecido das margens do Zêzere. Depois retiram-se as entranhas. e embebe-se a carne em desinfectante durante quinze dias.

4 - Visto o Jamie não ter hipótese de se deslocar a Lisboa, recomendou-nos um requintado chef canibal oriundo do Bornéu, o senhor Gangan Atola que opta por assar o Markl num espeto rotativo, empalando-o longitudinalmente com um ferro daqueles usados na construção civil.
Temperar com muito caril para disfarçar o aroma fétido.

Thursday, January 04, 2007

52 - As facas Ginsu de Paula Bobone



1. Tortura, mas com etiqueta. Pedimos, por favor é claro, à senhora Paula Bobone emprestada a sua colecção de facas Ginsu adquirida no TVShop. E ela acedeu alegremente a explicar-nos quais as facas apropriadas para cada ocasião.

2. Deixar com uma semana de antecedência o Markl com os pés de molho numa solução aquosa muito quente impregnada de Rexona extra forte. E não esquecer a utilização de protectores para os ouvidos. Não para abafar os agradáveis berros de dor do sujeito, mas por causa da música que ele terá que ouvir como complemento ao massacre.

3. Modus operandi, da esquerda para a direita:

As facas nº 1 e 2, próprias para a extracção das unhas dos segundos dedos dos pés do Markl. Deve ouvir-se qualquer canção do André Sardet durante o acto. Sempre com um sorriso coloquial, não demasiadamente aberto.

As facas n.º 3 e 4, servem para a extracção das unhas do terceiro dedo. Parecem idênticas às duas primeiras, mas não o são: estas injectam pó de ferrugem ao cortar. Enquanto são usadas deve ouvir-se Amor de água fresca esse grande êxito de Dina.

As facas n.º 5 e 6, que são usadas no quarto dedo têm a particularidade de injectar sob a unha extraída uma mistura de vinagre e sal grosso. E quando usadas pomos a tocar um álbum dos Pólo Norte.

As facas 7 e 8: a n.º 7 é uma grande, utilizada no dedão enquanto a n.º 8 muito fina e afiada escava até à raíz da unha e afasta os grumos de queijo ali acumulados. Não se põe música, desta vez simplesmente alternamos o arrancamento de unha com uns sopapos naquela barriga flácida.

As facas nº 9 e 10 são para os mini-mindinhos. As unhas destes são tão pequenas que não valem o esforço e como tal usamos as facas para simplesmente decepar estes dedos, que colocamos em correio azul para a Antena3, ao som de um álbum de êxitos de David Hasselhoff.

51 - Kamé Hamé




1. Levamos o Markl para o Japão. Nós vamos de avião em classe Premium, ele vai no porão de um barco de quarentena de Urticária de Madagáscar e terá ainda uma paragem para reabastecimento na ilha do Bornéu, onde subsistem as últimas culturas canibais.

2. Se conseguir sair do Bornéu, um pequeno desvio leva-o à Indonésia, onde será deixado no caminho de uma milícia integracionista embrulhado numa bandeira portuguesa, sujeito às respectivas catanadas.

3. Se conseguir sair da Indonésia, terá um pequeno problema de enjoo pois o barco atravessará um tufão índice 5. Certamente as iscas não se vão aguentar no estômago.

4. Esperamos por ele no cais, já no Japão, para o fim da quarentena. Então levamo-lo a uma arena onde todos gritarão por ele, mas confundindo-o compreensivelmente com um ídolo local, lutador de Sumo.

5. É anunciado como inimigo mortal dos outro contendor, que entra logo de seguida. Songóku vem furioso e pronto a muitos Kamé Hamé e a pulverizar o anafado ser. Ao Markl de nada vão valer as suas bolas de cristal.

50- Corcunda hedionda


1- Engana-se o Markl e diz-se-lhe que há uma junta de freguesia no interior rural na Bulgária que está interessada nos seus serviços para fazer ao vivo um programa de rádio para a população local, na praça da aldeia.

2- Freta-se então um avião de avifauna e mete-se o radiofonista dentro de uma gaiola com perús e galinhas com H5N1, num daqueles aviões que pára em todas as paragens até chegar ao destino, durando 2 meses a viagem, já que o avião vai para a Bulgária pela esquerda, atravessando o Atlântico. Para aligeirar a viagem, põe-se um pequeno leitor de cassetes a tocar com um back and forward interminável dos EarthWind&Fire durante os 2 meses.

3- Chegado à aldeia interior da Bulgária, Markl repara que não há luz eléctrica nem água potável, sendo-lhe dado um archote para ele ir buscar o gerador para o material de som, à torre da igreja local. Quando chega à igreja, começa a subir por uma escadaria de tábuas mal assentes, que rangem a cada passo dado, até que atinge o cimo da torre, onde se encontra o sino da igreja e onde supostamente está guardado o gerador.

4- O que o caixa d'óculos não sabe, é que há uma velha lenda na aldeia acerca de um corcunda que habita a torre da igreja há 120 anos e que foi isolado pela população no cimo da torre pelo seu comportamento carnívoro e violento. O corcunda mal se apercebe do ruido do Markl a entrar no cimo da torre e que sem querer toca no sino por mera curiosidade, o diminuido começa-se a espumar pela boca e agride brutalmente o Markl com a corcunda, deixando-o prostrado no chão com a cara para cima. Num cenário de horror, o corcunda tira a camisola, ficando em tronco nu, e agride continuamente o Markl, aterrando-lhe com a corcunda peganhenta de suor, com pêlos encravados e pontos negros, na cara, até o desfigurar. Pela medicina, sabe-se que é assim que se pega a corcundice.

5- Nisto, o corcunda desfaz a barba, deixando-a irregular, parecida com a do Markl, e fica-lhe com os óculos, assumindo a sua identidade e deixa o Markl fechado na torre, descendo da torre e faz um grande programa radiofónico na praça da aldeia e vem para Portugal, tornando-se num sucesso, como nunca se tinha visto em toda a história da radio.

Wednesday, January 03, 2007

49 - A obstipação que mordeu o cão


1. Retiramos o Markl para uma casa de repouso em Mangualde.

2. Durante a primeira semana de tratamento só come Nestum ou Miluvit de arroz e bebe coca cola sem gás. Toma a todas as refeições duas cápsulas de ultralevure extra forte.

3. Durante a segunda semana só come feijão branco mal cozido e bebe água das pedras. Toma a todas as refeições infloran veterinário - dose de paquiderme.

4. Deixamo-lo entregue às suas reflexões nos balneários da casa de repouso. Só poderá sair dali depois de se conseguir aliviar, e até lá terá que ouvir ininterruptamente o best of da RFM.

48 - Festa brava



1. Usamos para o devido propósito a recentemente restaurada praça de toiros do Campo Pequeno.

2. Amarra-se o fétido Markl pelos dedos dos pés com um cortante fio de cobre devidamente electrificado. Anteriormente já o tínhamos besuntado com sebo de cavalo para condizer com o recinto.

3. Entretanto uma grua ergue-o, pelos pés, de cabeça para baixo, já depois de termos pintado a cara dele de vermelho. Bem no centro da arena. A grua balança-o num ondular insinuante. Ele berra. Ainda há tempo para colocar nos altifalantes do recinto a música do Paco Bandeira Ó Elvas Ó Elvas.

4. Solta-se o mais furioso dos toiros da concelhia de Salvaterra de Magos, encontrado num concurso local. Ficamos a ver quantas voltas dá o Markl à grua após a primeira marrada.

Tuesday, January 02, 2007

47 - Feira medieval trasmontana


1. Aproveita-se o convite que a feira medieval de Torre de Moncorvo 2007 fez ao Markl para mais um programa de fim de semana agradável. Vá para fora cá dentro e tal. Temos que escrever estas coisas pois este blog, tenho a honra de o anunciar, ganhou um concurso público relâmpago e tem um subsídio gordo para se manter até ao final deste ano. Sim, é verdade. Com o dinheiro dos vossos impostos.

2. Depois de alguns beijinhos em nativos tipo Paulo Portas na feira e alguns piropos estilo olha aquele da televisão... o Zé Maria do Bog Brother... irra que engordou... o Markl junta-se à demonstração de instrumentos medievais de tortura. Acede alegremente a entrar e ser trancado nesta bonita iron maiden. Sim, a banda tirou o nome disto.

3. É tarde demais quando o roedor de lucky charms se apercebe que a coisa funciona como no auge. Sente os espigões entrar-lhe na carne, os ossos estalar lentamente. Esperem faço aqui uma pausa que na Ally McBeal apareceu a Lisa Nicole Carson (vénia). É a Reneé. Que torpedos. Onde é que eu ia? Adiante.

4. Quando está tão cansado e já com uma perda de sangue tão grande que nem tem forças para gritar, o Markl percebe que dentro da coisa está a ser tocado em repeat um best of do Julio Iglesias, até ele soltar o último suspiro.

46 - O tocha humana



1. Veste-se o peganhento ser com um fato de licra integral, devidamente decorado com pedacinhos de metais diversos.

2. Unta-se com diluente.

3. Espera-se uma trovoada das antigas. Levamo-lo para a praia. Soltamos os cães. É vê-lo correr.

4. Contamos os segundos até aquele recipiente privilegiado de electricidade estática atrair um super-mega-relâmpago.

45 - Árca de Noé




1. (todos juntos) vamos fazer amigos entre os animais... amigos destes não são demais na vida... com este revivalismo de um clássico da televisão nacional entramos em mais uma sessão de estoura Markl. E até arranjámos uma foto com um caixa dóculos com ar de geek.

2. O Markl é conhecido pelo seu amor aos animais, bem exemplificado nos dois bem tratados cães que tem no seu apartamento da Buraca (ele gosta de dizer que é Benfica para dar estilo): um caniche anão e um bichon maltês. os dois juntos pesam um quilo e meio. Pois devido a esse seu amor animal não recusará o nosso convite para uma campanha pelo zoo de Lisboa.

3. Dizemos ao coisinho que tem que entrar num filme promocional, de uma série em que figuras conhecidas tratam de animais. O Markl tratará de Simba, o Tigre da Sibéria que tem uma cárie. Portanto lá está ele de broca na mão com o tigre deitadito na marquesa XXL.

4. Pormenores avulsos: saíram todos da sala sem o míope perceber. A porta está trancada. A anestesia do Simba dura mais 43 segundos e o Markl não ouve os primeiros rosnos por causa do barulho da broca. Bon appetit. Entretanto tenho que terminar o post porque o rolo de carne do almoço deve estar pronto... cheira tão bem.