As 998 sórdidas maneiras de estourar o Markl

Wednesday, January 17, 2007

77 - Eu não quero ir à máquina zero


1. Aquela gadelha além de quase tão oleosa como a do Alvim, tão inestética como a do Abel Xavier e de ser causadora de estrabismo acentuado por estar sempre a cair para os olhos, precisa de ser aparada. Dizemos nós. Isto ao som de Hair cut dos Pavement. O nosso sentido de serviço público obrigou-nos a intervir.

2. Tentámos levar o ogre purulento a vários barbeiros experientes. Barbeiros do exército, da GNR, tosquiadores industriais de pecuária, rapadores de javali de Torre de Moncorvo... Mas ou recusavam o serviço com um seco aqui nom aparo morcões à moda de Gil Vicente ou tentavam e as tesouras encravavam ou escorregavam na seborreia. Nem com tesoura nem com máquina: não se encontrou modelo no mercado capaz de arcar com a tarefa. E olhem que experimentámos os modelos recomendados pela DECO.

3. Estávamos cansados. As nossas intenções eram as melhores, e os recursos esgotavam-se. Mas alto! Uma ideia! Era isso mesmo: nada como o modelo de corta-relva Mataomarkl6500 da Black & Decker. E então, ligámos no máximo e baixámos aquilo sobre o escalpe atemorizado do espigado gadelhudo até se encravar em pedaços de crâneo rachados. Ao som de Billy, dos Lawnmower Deth, enquanto as paredes escorriam sumo de mioleira e nelas escorregavam febras de massa cinzenta. Tivemos o cuidado de usar aventais e óculos de soldador.

4. Antes, claro, perguntámos: então como quer o corte?

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

será que ele quis um corte ao meio?

9:45 AM  

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